Possuem listras pretas e brancas, estreitas que cobrem todo o corpo com exceção do ventre branco, a crina é curta e ereta. As listras funcionam como a digital humana não existindo nenhum padrão de listra igual.
Possuem sentidos como visão, audição e paladar bastante desenvolvidos. A visão binocular permite ótima visão durante o dia e a noite, as orelhas são longas e móveis determinando a origem do som emitido e são bem sensíveis a qualquer mudança na sua dieta.
Originalmente a zebra de grevy ocorria no deserto de Danakil em Eritrea, em várias regiões da Etiópia como o vale Awash, Ogaden, nordeste do lago Turkana, no Sul do Kenya, no vale do Rift, lago Turkana, rio Tanae e no leste da Somália. Atualmente são encontradas somente no nordeste da Etiópia e em algumas reservas do Kenya e no sul do Sudão.
Quando acuadas, suas defesas são com mordidas e coices, mais a primeira reação é fugir. Suas listras funcionam como uma ótima adaptação para a camuflagem, e assim que percebem a presença do predador, sendo o leão o principal, elas correm de um lado para o outro, fazendo com que o predador não tenha certeza de sua posição, pois as listras ajudam a romper a silhueta, não identificando o animal para o ataque.
A gestação é de 390 dias e geralmente os nascimentos ocorrem entre Agosto e Setembro, com apenas 1 filhote. Assim que nascem, os filhotes aprendem logo a reconhecer sua mãe, por vocalizações. O filhote demora poucas horas para começar a andar e dentro de algumas semanas já estão pastando. A longevidade é de 18 anos em vida livre e 30 anos em cativeiro.
O declínio da população começou em 1970 com a caça para o consumo da carne e a venda da pele. Em 1977 foi proibida a caça, e hoje a espécie é classificada como em perigo pela IUCN (World Conservation Union). Ultimamente competem por espaço, alimento e água com animais domésticos que a cada dia aumentam mais. Além do turismo descontrolado e das secas dos rios que atuam diretamente sobre as populações. E estima-se que hoje tenha menos de 6 mil indivíduos em vida livre.
Fundação Parque Zoológico de São Paulo
Texto :Simone S. Corazza
Bióloga Aprimoranda do Setor de Mamíferos
Texto :Simone S. Corazza
Bióloga Aprimoranda do Setor de Mamíferos